Quem diria que, em meio a cebolas, abacaxis, caixas de sabão em pó, corredores repletos de coisas inanimadas, encontraríamos tanta vida, teríamos o despertar da saudade e, do fundo de nossas memórias, os momentos felizes, as histórias de superação, abundância, perrengues financeiros, os encontros e desencontros.
Somente um poeta-cronista como César Magalhães Borges, um artista, para materializar tal feito.
“Vida a granel” é um livro, como o próprio autor diz: sem data de validade. É daqueles raros que nos proporcionam um momento de respiro, com crônicas sensíveis, bem-humoradas e espirituosas.
Embora retrate o cotidiano, retira-nos da rotina e nos dá aquela sensação prazerosa de querer ir logo à próxima crônica para se encontrar, se emocionar ou se divertir, e, quem diria, em um supermercado.