Uma história de amor e segredos muito bem guardados, que mostra que a força dos laços humanos, mais do que os acontecimentos históricos, é capaz de definir a vida das pessoas
Olívia e Clarice cresceram ouvindo que o amor de seus pais era tão imenso, que não caberia em apenas um coração e, por isso, os dois tinham gerado duas meninas de uma só vez. Anos depois, em meados da década de 1930, é a vez das irmãs se entregarem à paixão. Olívia se casa com António e os dois vão viver em Lisboa, onde o rapaz começa a prosperar no comércio. Clarice vai morar com a irmã e se envolve com Theodor, um músico judeu alemão, que havia fugido da ascensão do nazismo em seu país. Vigiado pelo regime salazarista e percebendo a expansão do totalitarismo pela Europa, Theodor resolve lutar por seus ideais de liberdade e abandona Clarice.
Grávida e sozinha, a jovem se muda para o Norte de Portugal e lá conhece Mariano, um rapaz solitário que logo se apaixona por ela. Nesse meio tempo, Theodor se arrepende de tê-la deixado e volta para buscá-la e, juntos, eles seguem rumo a Antuérpia, na Bélgica, onde esperam viver “felizes para sempre”. Mas apenas três anos depois, Hitler invade a Polônia, a Segunda Guerra Mundial é declarada e o drama do jovem casal está longe de ter fim.
Dos bombardeios da Segunda Guerra aos fogos de artifício do réveillon carioca, Luize Valente nos entrega uma narrativa épica e sensível na qual as trajetórias das personagens se entrelaçam minuciosamente a fatos centrais do século XX.