Neste romance de estreia, Darragh McKeon, indicado à categoria de Melhor Autor Estreante no Irish Book Awards, narra a forma como a vida de seus quatro protagonistas é permanentemente afetada pelo acidente de Chernobyl, enquanto traça o colapso da União Soviética. Em um prédio decrépito em Moscou, Ievguiéni, de nove anos, toca piano baixinho para não incomodar os vizinhos. Sua afinidade com a música, porém, não o protege do bullying que sofre dos meninos mais velhos que estudam com ele. Sua mãe, Alina, sente que o filho anda mentindo para ela, mas não tem tempo de confrontá-lo, pois está compensando com dois empregos a ausência do marido morto. Mária, irmã de Alina, é uma ex-dissidente que trabalha numa fábrica de autopeças. Além disso, ela vai a Lomonosov duas vezes por semana para dar aula de inglês. Nas horas vagas, tenta superar os fantasmas do passado que um terceiro emprego lhe trouxe e que a assombram até hoje. A duzentos quilômetros dali, em Pripyat, o reator 4 da usina nuclear de Chernobyl explode. Em um hospital, também em Moscou, o cirurgião Grígori dedica todas as horas do seu dia ao trabalho, para passar menos tempo pensando em seu casamento fracassado. Ao ser convocado a ir a Chernobyl, terá de pôr outras habilidades à prova para lidar com o negacionismo que vai encontrar lá. Em uma vila em Gomel, na Bielorrússia, Artiom, de treze anos, acorda de manhã e vê que o céu está diferente. Está escuro. Seu pai, um homem descrente, brinca e diz que é o mesmo céu de sempre, só está de mau humor. Mas dois dias depois um soldado bate à sua porta, ordenando que sua família evacue a casa onde mora. E a vida de todos eles nunca mais será a mesma. “Os protagonistas da história de McKeon podem até ter caído no esquecimento, mas este romance impecável os tornou imortais.” — The New York Times “A escrita viciante de McKeon constrói personagens complexos que tentam achar o sentido da vida em meio ao caos do acidente de Chernobyl.” — Booklist “O romance de McKeon entrega o que muitos prometem: um lembrete de que o ser humano pode causar a própria ruína.” — Publishers Weekly “Ousado, ambicioso e comovente. McKeon retrata as batalhas diárias de seus personagens com muita empatia. Uma reflexão além do momento histórico.” — Colm Tóibín