Jean-Jacques Chermont Vernier, jovem diplomata francês, chega ao Rio de Janeiro durante o governo Campos Sales, em 1900. Vem ao Brasil para trabalhar na embaixada da França como consultor econômico. Descendente de tradicional família de diplomatas, pertencentes à nobreza francesa, Jean-Jacques é induzido à carreira diplomática pela insistência de sua mãe, a condessa De Chermont. Jovem, idealista e romântico, Jean-Jacques sente-se decepcionado ao deparar-se com a aridez de seu trabalho, que confronta sua personalidade sensível e boêmia, ou sua maneira de encarar a vida. Jean-Jacques conhece, no cabaré Mère Louise, em Copacabana, uma mulher lindíssima, Verônica, e é dominado por uma paixão avassaladora. Verônica é uma tirana de corações, capaz de levar um homem do céu ao inferno com a mesma facilidade com que as folhas secas são sopradas pelo vento. Ele é correspondido, então iniciam um romance que, para Jean-Jacques, significa a plenitude de sua sensibilidade amorosa e estética. Porém, ela é amante de um respeitável senador da república, o senador José Fernandes Alves de Mendonça, que trabalha com o ministro da fazenda de Campos Sales, Joaquim Murtinho, nas negociações do Funding Loan. Tem-se, então, um triângulo amoroso de consequências e desdobramentos surpreendentes. Durante a narrativa, são efetuadas análises críticas históricas sobre a vida política e econômica do Brasil pertinentes à república velha, conexões que se estendem à época contemporânea. O cabaré Mère Louise realmente existiu na época e local descrito.