Reunião essencial de ensaios da maior crítica norte-americana de todos os tempos, este livro apresenta o melhor de Susan Sontag: o elogio apaixonado e a crítica rigorosa a alguns dos mais influentes artistas e intelectuais do século XX a partir de temas como a morte, a arte, a literatura, a história e a própria escrita.
Nascido sob o signo de Saturno, o “planeta de desvios e atrasos”, Walter Benjamin explorou a solidão e o devaneio em sua obra. Intelectual de temperamento melancólico, imprimiu em seus ensaios uma autoconsciência implacável e o gosto por labirintos filosóficos — duas entre várias características que partilha com Susan Sontag. Para a personalidade saturnina, “o tempo é um meio de coerção, inadequação, repetição, mera realização”, diz a autora no ensaio que dá nome a esta coletânea.
Publicado pela primeira vez em 1980, na New York Review of Books, Sob o signo de Saturno reúne sete textos que abordam desde o modernismo na literatura até a busca pelo belo no cinema alemão. Com a sagacidade que a consagrou como uma das maiores críticas do século XX, Sontag traz uma série de provocações sobre a escrita, a história e a herança de alguns dos mais importantes artistas e pensadores dos últimos tempos.
A influência do escritor Paul Goodman em sua vida, a obra múltipla do francês Antonin Artaud, as polêmicas envolvendo a cineasta nazista Leni Riefenstahl, as potencialidades simbolistas do cinema de Hans-Jürgen Syberberg, a singularidade de Roland Barthes, o legado literário de Elias Canetti e, é claro, a complexidade de pensamento de Walter Benjamin são os temas deste volume. Para Sontag, nada era indecifrável.
Seja demolindo falsos mitos, seja prestando tributo a figuras injustiçadas, as páginas deste livro apresentam ao leitor a mais fina crítica da cultura contemporânea por uma de suas maiores expoentes.
“Ao louvar pensadores que definem, para ela, um padrão de excelência e vigor, a crítica de Sontag é uma espécie de autobiografia espiritual.” — Washington Post
“Refinando a sensibilidade enquanto atende às questões mais provocativas da atualidade, Sontag criou uma obra de mérito exemplar.” — Boston Globe