Durante muitos anos, Henry Miller foi considerado um autor maldito. Sua literatura, tachada de obscena e degradante, sofreu com a censura, e seus livros circulavam de forma clandestina. Apesar das dificuldades de publicação, Miller chamou a atenção de contemporâneos como Ezra Pound, T. S. Eliot e Edmund Wilson, que saíram em sua defesa. Os livros tornaram-se best-sellers depois de liberados, nos anos 60, e hoje o autor é considerado um dos maiores prosadores da língua inglesa, tendo influenciado a geração beatnik e escritores como Thomas Pynchon, Norman Mailer e Philip Roth.
Sexus é, em muitos sentidos, autobiográfico, e narra as aventuras sexuais e literárias de Miller em meio à boêmia nova-iorquina dos anos 20 e 30. Sua prosa é vigorosa, plena de energia, ao mesmo tempo cínica e inocente, secular e espiritual. O livro, publicado em 1949, é o primeiro volume da trilogia A crucificação rosada: os outros dois são Plexus, de 1953, e Nexus, de 1959. Todos parte da coleção de livros ousados e provocativos que inclui também Diário de um fescenino, de Rubem Fonseca, Política, de Adam Thirlwell, e Cidade pequena, de Lawrence Block.
"Ninguém escreveu dessa maneira antes, e ninguém certamente escreverá tão bem. A prosa de Miller é uma torrente, uma catarata, um vulcão, um terremoto [...] um escritor-atleta, um fenômeno, um verdadeiro avatar de energia literária." - Norman Mailer
"O único excelente escritor de prosa imaginativa que apareceu na língua inglesa nos últimos anos." - George Orwell (no lançamento de Trópico de Câncer)