Numa prosa magnética, a natureza, sempre misteriosa, forma um contraponto com a natureza humana, num ciclo recorrente de dramas e tragédias.
Publicado em 1939, Palmeiras selvagens, hoje consagrado como um clássico da moderna ficção norte-americana, é uma das criações mais originais do prêmio Nobel de literatura William Faulkner.
O livro entrelaça duas histórias independentes, em capítulos alternados, mas que se iluminam mutuamente. A primeira conta a paixão tumultuada de um casal, Charlotte e Henry; a segunda narra a luta de um condenado que sai da prisão para salvar as vítimas de uma das maiores enchentes do rio Mississipi.
São narrativas que, nas palavras do escritor amazonense Milton Hatoum, “convergem de um modo secreto e subjacente para um foco dramático, revelando no destino dos personagens uma dimensão trágica, em que a sordidez, a loucura, o preconceito, o desespero e a sobrevivência formam o lastro comum de vidas desgarradas”.
Romance glorioso, uma das mais estranhas e ousadas obras literárias do século vinte.
“O inovador mais radical da literatura americana, um autor que daria lições às vanguardas da Europa e da América Latina.” — J.M. Coetzee
“É verossímil dizer que Faulkner é o primeiro romancista de nosso tempo.” — Jorge Luis Borges