O número de quadrinhos do mestre suíço só aumenta em nossa coleção

 

A DarkSide® Books convida os leitores a mais uma incursão pelo universo de sombras e histórias silenciosas do mestre Thomas Ott, desta vez com a graphic novel O Número 73304-23-4153-6-96-8, uma narrativa arrebatadora que conta tudo que precisamos ouvir sem nenhuma palavra.

Em O Número 73304-23-4153-6-96-8, acompanhamos a trajetória de um carcereiro. Ao limpar a cela de um prisioneiro condenado à morte, ele encontra um pequeno pedaço de papel com uma combinação de números. No calor do momento, ele o coloca no bolso. Levando uma vida angustiante e monótona, o homem sente sua curiosidade despertada pelos números do papel. Eles também sinalizam possíveis mudanças em sua sorte… e fortuna. O abismo inexorável que se segue é a quintessência de Ott, mestre moderno da reviravolta à moda antiga. Porém, mais do que o enredo em si, as visões alucinatórias e hiperdetalhadas de Ott irão assombrá-lo muito depois de seu surpreendente desfecho.

Esta história em quadrinhos silenciosa é a terceira obra do mestre suíço publicada no Brasil pela DarkSide® Books, depois de Cinema Panopticum — em que os leitores são conduzidos por uma jovem menina e sua curiosidade até uma cabine escura repleta de caixas com pequenos filmes — e de A Floresta — em que acompanhamos outro jovem protagonista, desta vez em uma cerimônia fúnebre, que sai rumo ao desconhecido em uma jornada iniciática e se depara com a naturalidade da morte.

Thomas Ott utiliza a técnica do carte à gratter, em que faz primeiro o desenho em uma folha, o copia sobre o papel de riscar e, em seguida, talha o papel escuro com um estilete, criando esse efeito das pequenas linhas sobre a superfície. Um trabalho extremamente minucioso em que o artista praticamente não tem margem para erros. O resultado é uma obra de arte precisa, hipnotizante, repleta de detalhes e camadas, na qual o leitor sempre encontra algo novo a cada releitura. O artista é um grande narrador visual e domina o universo das sombras em um preto e branco único e fantasmagórico em que a ausência intencional de balões e recordatórios cria em nossa mente vozes capazes de manifestar no silêncio o verdadeiro espanto diante do horror.