Em seu novo livro, o italiano Valerio Massimo Manfredi, autor da bem-sucedida trilogia Alexandros, conduz o leitor por uma viagem no tempo que começa em Jerusalém às vésperas da invasão do imperador da Babilônia, Nabucodonosor, até os bastidores de uma pesquisa científica de ponta, coordenada pelo famoso egiptólogo norte-americano William Blake. O resultado dessa aventura de fazer inveja a qualquer Indiana Jones, capaz de pôr em xeque as três religiões mais importantes do mundo ocidental, pode ser conferido em O faraó das areias.
O ponto de partida da narrativa é a história bíblica presente no Quarto Livro dos Reis, que narra a invasão à Jerusalém, à época governada pelo Rei Sedecia. Cativo, o Rei de Judá presencia a morte de seus três filhos. Com os olhos extirpados por um punhal afiado, ele mergulha em uma escuridão sem fim e, num resquício de consciência, lembra-se das advertências do seu amigo, o Profeta. Daí, o romance dá um salto no tempo e no espaço para Chicago, nos Estados Unidos, no fim do segundo milênio depois de Cristo, quando o autor italiano apresenta o herói e protagonista da aventura, o arqueólogo William Blake.
A tensão crescente entre americanos, judeus e palestinos na região do Oriente Médio coloca Blake no centro de um conflito internacional. A situação se torna ainda mais complexa quando o cientista descobre que o conteúdo do sarcófago seria capaz de abalar os alicerces das três religiões monoteístas do mundo, o judaísmo, o islamismo e o cristianismo. E mais ainda: que as maldições dos antigos, por coincidência ou não, podem se concretizar.