Morte, amor e filosofia em cinco histórias góticas, de atmosfera onírica, no grande clássico macabro de Álvares de Azevedo
Cinco histórias de atmosfera onírica, contadas por amigos que se deixam levar pelos vapores do vinho e do tabaco numa taverna. A dicotomia amor/morte, presente nas narrativas, surge nas figuras de mulheres trágicas e diáfanas em cenários lúgubres, não raro com a presença de túmulos, caixões e punhais.
O primeiro a contar sua história é Solfieri. A narrativa sombria é sobre uma mulher misteriosa e pálida que sofre de catalepsia. Por sua vez, Bertran fala de um duelo, uma virgem deflorada e uma estranha viagem de navio. Gennaro, um pintor, se envolve com a mulher e a filha de seu mestre, que prepara uma vingança. A história de Claudius Hermann se desenrola a partir do amor por uma duquesa e o assassinato de seu marido. Johann retoma o tema de outra história, o duelo – desta vez seguido de reviravoltas sobrenaturais.
As histórias são precedidas por uma discussão sobre filosofia, contrapondo materialismo e idealismo, exaltando a superioridade do segundo a partir de citações a Fichte e Schelling, e sobre o panteísmo de Spinoza.