Premiado biógrafo de Oscar Wilde, T.S. Eliot, Ezra Pound, Charles Dickens, William Blake, Thomas More e Shakespeare, o inglês Peter Ackroyd, autor de A queda de Tróia, é considerado um mestre das narrativas históricas. Neste romance, o escritor propõe um novo e original desfecho para um dos principais poetas do século XVII. John Milton era um homem polêmico, que viveu em tempos difíceis. Famoso por seus protestos durante a restauração do trono inglês a Carlos II, o poeta cego de 52 anos, secretário de Oliver Cromwell, se viu desempregado e jogado na cadeia à espera da execução. Foi durante esse período turbulento da vida que Milton escreveu a obra-prima Paraíso perdido. Mas e se, em vez de voltar sua energia criativa para a poesia, Milton tivesse seguido um caminho diferente, digamos, para a América? É essa a premissa de MILTON NA AMÉRICA. Para evitar a prisão, John Milton foge para o Novo Mundo. No caminho, conhece um jovem que rebatiza como Goosequill. Juntos, eles alcançam a Nova Inglaterra depois de um naufrágio desastroso. Quando finalmente chegam ao assentamento de Nova Tiverton, Milton é recebido como herói entre os puritanos. Não demora muito para que o poeta organize a Nova Milton e lidere seu próprio grupo. Seu sonho parece se concretizar, mas as ideias inicialmente liberais acabam por ser corrompidas, e se tornam tão repressoras quanto as que deixara do outro lado do oceano. John Milton pode se tornar um déspota tão cruel quanto o rei que renegara.