Os animais estão morrendo. Em breve estaremos sozinhos.
Certa vez, enquanto os animais desapareciam — de verdade, e não apenas em alertas premonitórios de futuros sombrios, mas naquele instante, naquele exato momento —, em extinções em massa que podiam ser vistas e sentidas, decidi seguir um pássaro cruzando o oceano. Talvez eu esperasse que ele me levasse ao local para onde todos haviam fugido, todos de sua espécie, todas as criaturas que pensávamos ter matado. Talvez eu pensasse que descobriria que ímpeto cruel fazia com que eu abandonasse pessoas, lugares e todo o resto, sempre. Ou talvez minha esperança fosse que a última migração do pássaro me mostrasse o lugar ao qual pertenço.
Certa vez, pássaros fizeram nascer uma versão mais impetuosa de mim mesma.
“Um livro doloroso e pungente, premente em sua atualidade. Mas também é um livro sobre o amor, sobre tentar entender e aceitar que somos criaturas e o significado de ser um animal humano, para que possamos encaixar nossa própria natureza selvagem no mundo.” ― The Guardian
“Emocionante. Migrações oferece uma janela sombria para um futuro que não parece muito distante do nosso.” ― TIME