Pianista, musicólogo, poeta, romancista, historiador, crítico de arte,
pesquisador e gestor cultural; Mário de Andrade poderia ser nosso
autêntico homem renascentista, não fosse ele nosso modernista
essencial. O autor de Macunaíma possui talentos que muitos
brasileiros desconhecem – um verdadeiro polímata.
Motor da Semana de Arte Moderna, movimento que contribuiu
para renovar a arte e a cultura no Brasil, Mário de Andrade foi,
como não poderia deixar de ser, figura central no chamado
Grupo dos Cinco. Integrado por Anita Malfatti, Tarsila do Amaral,
Oswald de Andrade, Menotti del Picchia e o próprio Mário,
o grupo se reunia na casa dele, na Barra Funda, em São Paulo.
Mário de Andrade, epicentro analisa o papel de Mário nesse
grupo vanguardista por meio de sua correspondência e de outros
documentos. Com enfoque sociológico, o autor, Mauricio Trindade
da Silva, desvela, numa leitura saborosa com direito a coloridas
obras de arte, os pontos de vista e valores de Mário, suas
contradições, suas paixões, seus afetos e também sua ampla
atuação no contexto cultural dos anos 1920 a 1940.