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O desfecho épico da trilogia As Crônicas de Artur
Excalibur é o último volume da trilogia As Crônicas de Artur, do escritor inglês Bernard Cornwell sobre o lendário guerreiro Artur, que entrou para a história com o título de rei, embora nunca tenha usado uma coroa. Um dos mais importantes autores britânicos, Cornwell já foi traduzido para mais de 20 idiomas e seus romances alcançaram rapidamente o topo das listas de mais vendidos: mais de 30 milhões de exemplares em todo o mundo. A chave de seu sucesso está na criteriosa pesquisa histórica e na narrativa envolvente com a qual Cornwell disseca a vida de seus personagens.
Em As Crônicas de Artur, Cornwell desenha um Artur familiar e desconhecido. Um dos inúmeros filhos ilegítimos do rei Uther Pendragon, sem o menor interesse pelo poder, sua única ambição é manter o juramento ao rei de direito, Mordred, e ajudá-lo a lutar pela paz. Ao mesmo tempo, o autor nos revela locais conhecidos e personagens esperados: o mago Merlin, a bela Guinevere, Lancelot – aqui retratado como um covarde – e a lendária Távola Redonda.
Nesse terceiro volume da série, iniciada com O rei do inverno, seguida de O inimigo de Deus, o escritor imerge o leitor em uma Britânia cercada pela escuridão. E apresenta os últimos esforços de Artur pra combater os saxões e triunfar sobre um casamento e sonhos desfeitos. Excalibur mostra, ainda, o desespero de Merlin, o maior de todos os druidas, ao perceber a deserção dos antigos deuses bretões. Sem seu poder, Merlin acha impossível combater os cristãos, mais perigosos para a velha ilha do que uma horda de famintos guerreiros saxões. O livro traz vívidas descrições de lutas de espada e estratégias de guerra, misturadas com descrições da vida comum naqueles dias: longas barbas servindo como guardanapos, festivais pagãos, com sacrifícios de animais, e pragas corriqueiras, como piolhos. Tendo por narrador um saxão criado entre os bretões, Derfel, braço direito de Artur, Excalibur acompanha os conflitos internos de Artur, recém-separado da esposa, mas ainda apaixonado por sua rainha. Atacado por velhos inimigos, perseguido por novos perigos, mas sempre empunhando a espada Excalibur, um dos objetos de poder legados aos homens pelos antigos deuses dos druidas. Cornwell mostra, ainda, como as ameaças vindas de todos os lados acabam fazendo com que Artur se volte para a religião, chegando a se batizar como cristão. Todos os sacrifícios são válidos para salvar sua adorada Britânia.
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