Edição do clássico francês que traz uma inusitada situação: dois grandes filósofos, Maquiavel e Montesquieu, encontram-se no inferno para discutir os mais importantes temas políticos e sociais.

O autor, Maurice Joly foi um grande revolucionário e cidadão francês. Em 1851, a França foi dominada pela ditadura de Napoleão III e Joly não ficou calado diante dos abusos do autoproclamado imperador.  

Logo no início, deixa uma 'simples advertência' – “Este livro tem traços que podem aplicar-se a todos os governos, mas ele tem um objetivo mais preciso - personifica em particular um sistema político que não variou um dia sequer em suas aplicações, desde a data nefasta e já bem distante de sua entronização”.

Esta obra faz uma distinção clara entre a política despótica, denunciando as injustiças cometidas na Europa, e o que deve ser uma política dos direitos do homem, na forma de um diálogo ficcional ocorrido entre Maquiavel, representando o despotismo, e Montesquieu, representando os Direitos Universais, quando ambos, já mortos, encontram-se no inferno, livres de toda convenção, mas com toda sua erudição filosófica.

A obra ficou conhecida por ser a base do livro proibido Os protocolos dos Sábios de Sião.