Publicado em 1973, este romance apaixonante conta por meio de cartas a história de uma família em meio à Itália convulsionada do início dos anos 1970. Uma lição de literatura.
Apesar de ocupar o título do livro, Michele quase não aparece neste romance. O leitor conhece a vida do personagem através das cartas que recebe, principalmente de sua mãe, Adriana, da irmã, Angelica, e de amigos.
Ambientado em Roma no início dos anos 1970 — entre uma tentativa de golpe de Estado e a vitória dos fascistas —, este livro faz com que a violência política se espalhe sorrateiramente pelo que se narra como um gás que sufoca e cega. A clareza reticente da escrita de Natalia Ginzburg, sua maneira implícita de contar uma história, encontra seu auge nesta obra magnética.
“A voz de Natalia Ginzburg chega a nós com absoluta clareza em meio aos véus do tempo e da linguagem.” — Rachel Cusk
“Estou completamente encantada com o estilo de Ginzburg — sua franqueza misteriosa, sua capacidade de revelar as coisas sem nunca ser artificial ou fria, mas sempre necessária, honesta, cristalina.” — Maggie Nelson
“As cartas que compõem este romance — charmosas, hesitantes, sufocantes, fúteis, desagradáveis — são o material rico e maravilhoso das esperanças e aflições de uma família, seu convívio cheio de vida, suas contradições e segredos.” — The Paris Review