No terceiro volume da coleção Cinco dedos de prosa, Mario Prata reúne casos e acasos sobre o dedo mínimo As pessoas não querem ver, as autoridades não ligam, a mídia abafa o caso, e fica tudo por isso mesmo: o mindinho esquerdo trabalha duro, enquanto o direito nasceu virado para a lua! Pois é, a queixa é da roqueira Bibi Da Pievi e está registrada no Buscando o seu Mindinho, de Mario Prata. Um almanaque no qual se descobre que aquele dedo discreto e miúdo transforma-se, em mãos alheias, num intrépido aventureiro, com muitas histórias para contar. Algumas de fazer corar o polegar, o indicador, o médio e o anular. De jogador de futebol a juiz do trabalho, de adolescente rebelde a marido traído, remexendo as lembranças, todos têm algo a dizer sobre o mindinho - ou a falta dele. Quem não se recorda de Clyde Barrow, personagem interpretado por Warren Beatty em Bonnie e Clyde, que decepara o mindinho para fugir do serviço militar? Se até em Hollywood o mindinho foi parar, imaginem se ele ficaria de fora da paixão nacional, o futebol! Prata tirou do fundo do baú casos curiosos, como o do goleiro Castilho, o eterno reserva da seleção Brasileira, de 46 a 64, que amputara parte do mindinho inferior para que pudesse se recuperar mais rápido de uma contusão. Entre casos reais e ficção, Prata lembra que, em relação ao futuro do mínimo, há os pessimistas, como o juiz do trabalho Edmundo Lellis Filho. Numa sentença, previu que o 'inútil dedo' tende a desaparecer com a evolução da espécie humana. Em contrapartida, há aqueles que, mesmo sem o tal dedo, tiram proveito da situação. É o caso do Seu Mindinho, um catedrático no assunto sexo a quatro (dedos). Segundo ele, a performance de um quarteto auricular é superior à do quinteto completo!