"Eu preferiria não fazer".
Do mesmo autor do clássico Moby Dick, o conto Bartleby, o escrevente é um dos precursores da literatura do absurdo – que rendeu obras inquietantes como "A metamorfose", de Franz Kafka, ou "O estrangeiro", de Albert Camus, entre outras.
Publicado pela primeira vez em 1853, na revista norte-americana Putnam’s Magazine, teve a primeira edição em livro em 1856.
A obra é narrada por um respeitado advogado de Nova York que contrata o jovem escrevente Bartleby para trabalhar em seu escritório.
De início impressionado com o temperamento calmo e a eficácia do novo empregado, o advogado é surpreendido um dia pela frase que se tornaria o mantra de Bartleby a cada nova tarefa solicitada: "Eu preferiria não fazer".
Fascinado pela melancolia de Bartleby e incapaz de despedi-lo, o advogado transita entre a busca por um meio de se livrar do jovem e a necessidade de compreendê-lo.
O conto de Melville, ao longo das décadas, acabou se tornando um dos mais populares da literatura norte-americana, tendo influenciado escritores como Albert Camus e Enrique Vila-Matas, além de receber adaptações para o cinema e o teatro.