Diana Spencer, imortalizada como Lady Di, é conhecida no mundo inteiro por ter vivido um conto de fadas que teve fim trágico. Depois de se casar com o Príncipe Charles e se tornar a Princesa do Povo, ela enfrentou problemas como fofocas, traições, divórcio, distúrbios alimentares e perseguição da mídia até sua morte, em um acidente de carro em Paris, em 1997. Mas como estaria Lady Di nos dias de hoje, se não tivesse morrido? Em A história não contada, Monica Ali responde à pergunta.
O livro começa com três amigas reunidas aguardando a quarta integrante do grupo, que faria aniversário naquele dia. Só que ela não aparece. A partir daí, a história volta no tempo e, aos poucos, refaz a trajetória da misteriosa Lydia. Ao longo das páginas, os leitores vão juntando as peças do quebra-cabeça que leva à verdadeira identidade de Lydia: Diana Spencer, que teria forjado a própria morte com a ajuda de seu fiel secretário particular.
Mesmo satisfeita por se ver livre do assédio e de uma agenda atribulada, podendo levar uma vida comum, Diana carregava a culpa de ter abandonado os filhos. Em momentos de depressão e arrependimento, ela pensava em largar tudo e voltar para a Inglaterra, para perto de seus meninos. Mas o lado racional acabava por falar mais alto e ela nunca levou adiante esse plano, preferindo acompanhá-los nas sombras, por meio do que era publicado em jornais e revistas.
O segredo de Lydia parecia protegido até a chegada de Grabowski, um fotógrafo de celebridades que vivia atrás de Lady Di e fez o primeiro retrato dela pré-noivado, documentando em seguida sua vida e seu trabalho. Quando, por acaso, ele cruza com Lydia nas ruas da pequena cidade que ela escolheu para morar, primeiramente se sente atraído por sua beleza e acaba tirando algumas fotos sem ser notado. Ao observar as imagens em seu quarto de hotel, Grabowski percebe a semelhança com a princesa e decide investigar a história a fundo. Afinal, se for verdade, é algo para deixá-lo milionário.