A Confissão de Fé foi elaborada com o propósito de ser uma bússola doutrinária para a igreja e unir os cristãos numa mesma fé. Num mundo caído, onde historicamente a igreja é atacada por heresias e falsos ensinos, ela precisa se firmar somente nos ensinamentos da Palavra de Deus, que estão resumidos na Confissão de Fé. No período da Reforma Protestante, os crentes tiveram a necessidade de formalizar a sua fé, apresentando sua interpretação teológica através dos catecismos e das confissões. A palavra “catecismo” (do grego katecheo) significa “ensinar”, “instruir” e “informar”. Os catecismos, escritos na forma de perguntas e respostas, eram usados pelos pastores para instruir o crente acerca das doutrinas bíblicas. Por sua vez, as confissões de fé apresentam, de forma sistemática, as doutrinas bíblicas que devem ser professadas publicamente pelos crentes. Aquilo que cremos no coração devemos confessar com a nossa boca. No entanto, todas as confissões, elaboradas no período da Reforma (1528-1647), eram unânimes nos cinco pontos principais: Somente a Bíblia, Somente Cristo, Somente a Graça, Somente a Fé e Somente a Glória de Deus. A Confissão de Fé de Westminster, que estudaremos aqui, foi elaborada na Inglaterra, entre julho de 1643 e fevereiro de 1649. Ela continua sendo a mais clara e lógica exposição do pensamento reformado. Este livro foi preparado para que os leitores possam conhecer o conteúdo da Confissão de Fé de Westminster, usando o método de estudo indutivo. O propósito é que você constate e confira as doutrinas a partir da Bíblia, seguindo o texto da Confissão de Fé.