Do consagrado autor de Cachorros de palha e Missa negra, as implicações de John Gray neste A busca pela mortalidade vão assombrar os leitores para o resto de suas vidas - e talvez além dela. 

A obsessão com a natureza da morte e as diversas tentativas do homem de tentar explicar e até provar que existe vida após a morte são o tema deste livro.  A recusa em acreditar que a morte é o fim de tudo e insistir na nossa imortalidade resultou em vários experimentos e ideologias que, conforme Gray apresenta, perduram até hoje.

Aqui, Gray expõe dois grandes exemplos disso: a crença de um grupo de intelectuais eduardianos de que existia uma forma de vida após a morte (acessada por médiuns e escrita automática) e a certeza de que a ciência do comunismo da nova URSS poderia remodelar o planeta, reinventando o ser humano e libertando-o da morte — e, no processo, ressuscitando líderes revolucionários.

O autor entrelaça esses casos com histórias extraordinárias de filósofos, políticos, espiritualistas, embalsamadores, inventores malucos, físicos apaixonados, jornalistas-espiões e assassinos em massa, todos eles movidos por uma visão de mundo moderno, segundo a qual a ciência tornaria a humanidade invencível.

 A busca pela mortalidade expõe uma visão brilhante e assustadora de um mundo que começava a se confrontar com o lugar solitário do homem no universo, e uma história reveladora da nossa busca delirante pela imortalidade.