A Coletânea Educação do campo: desafios teóricos e práticos tem a sua história. Nasceu dentro do curso de Especialização em Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial, realizado na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), no período de ab ril de 2007 a dezembro de 2008, com apoio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do Ministério da Educação. Os diversos textos aqui apresentados espelham contradições da realidade rural e sugerem que a educação do campo nã o é um ato isolado, mas coletivo e contextualizado e que, na perspectiva da transformação social, está associada às formas alternativas e coletivas de produção da vida, na direção da construção do que Harvey (2004) chama de “espaços de esperança”. Autoras (es) Aline Sens Duarte Ana Julcili Pazzini Antonio Munarim Aurea M. de Oliveira Bentien Bernardete Wrublevski Aued Célia Regina Vendramini Cintia Hoffer da Rocha Cleidiana Roscete Watte Cristina Maria Agustini Moraes Ehrhardt Dan iela Reuter Köpp Edna Garcia Maciel Fiod Eliana Zimmermann Bornhausen Elizabete Tamanini Elusa Camargo de Oliveira Machado Grasielle Batista Branco James Peixer Karina Pacheco Garcia Lúcia Schneider Hardt Luciane Ferreira Marcio Andrade Ma rgarete Santin Maria Aparecida Morcef Bouzada Maria de Fátima Silva da Silva Maria de Lourdes A. Ramos Neide Bittencourt Olga Celestina da Silva Durand Paulo E. Lovato Roseclei Aparecida da Costa Petry Silvia Carmem Gonçalves Sonia A. B. Bel trame Sonia de Fátima Arruda Schweitzer Soraya Conde Terezinha Maria Cardoso Zeni Ferreira Oliveira Zenilda Branco Borges Zilma Isabel Peixer Este livro debate a Educação do Campo. Revela as contradições existentes no rural brasileiro com suas intensas transformações e a história das lutas e da organização coletiva dos sujeitos do campo em busca do acesso ao conhecimento e à escolarização, como parte da estratégia de resistência à exploração do capital. Na última década os movimentos soc iais impuseram a educação do campo na agenda pública, mas os aparelhos do Estado deturparam a razão desta bandeira, que nasceu comprometida com a mudança das condições de vida das populações rurais. Os movimentos sociais organizados vêm exigindo sol uções para os problemas e profundas alterações devido aos conflitos econômicos e sociais no uso da terra. Embates estes resultantes dos interesses do agronegócio, do hidronegócio, da ausência do Estado na garantia dos direitos sociais dos sem-terras,