Crime e Castigo Escrito entre 1865 e 1866, Crime e Castigo conta a história de Raskólnikov, um jovem que vai morar em São Petersburgo para estudar Direito. Por causa de dificuldades financeiras, ele é forçado a desistir dos estudos e passa seus dias em um quartinho apertado, que aluga de uma locatária idosa, sobrevivendo apenas com o pouco dinheiro que recebe de sua mãe. Sua realidade muda quando ele planeja a morte de uma usurária. Descrente de Deus e de qualquer tipo de justiça divina, Raskólnikov se vê à mercê da própria consciência, de seu livre arbítrio e das consequências que dele decorrem. Pouco a pouco, o sentimento de culpa o consome cada vez mais. Cruel e pessimista, o romance russo retrata o niilismo, a indiferença, a fé (e a falta dela), o desespero e a frieza humana. Considerada uma das obras mais importantes de Dostoiévski, a narrativa de Crime e Castigo é extremamente detalhista e trabalha com perfeição o desenvolvimento psicológico e filosófico de seus personagens. Sobre o autor Fiódor Dostoiévski (1821-1881) foi um escritor, filósofo e jornalista russo nascido em Moscou. Produziu diversos tipos de material, como contos, romances, novelas, memórias, textos críticos e textos jornalísticos, além de ter criado duas revistas literárias. Formado engenheiro militar, renunciou em 1844 para se dedicar ao ofício da escrita. Em suas obras, explorou profundamente a psique humana, abordando temas como a culpa, a violência, a injustiça, as doenças mentais, as relações familiares, a loucura e a pobreza. Suas obras mais célebres foram Memórias do subsolo (1864) — seu romance de formação, que o consagrou como precursor do existencialismo —, O jogador (1866), Crime e Castigo (1866), O eterno marido(1870) e Os irmãos Karamázov (1880) — considerado sua obra-prima e, segundo Freud, o maior romance da história.