Evolução celulares e displays
Relembre os antigos celulares que pesavam 0,5 kg até a chegada das interfaces divertidas
Smartphone
Atualizado em 18 Fev 10
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No restaurante, toca o celular. Todos se entreolham e comentam em voz baixa: ?Que falta de educação, só para se exibir?. Pois é, atender ao celular no início de sua propagação como produto de massa era quase um pecado capital. Até porque estaríamos segurando um tijolinho de quase meio quilo, preto, com uma antena enorme. E falaríamos alto, pois a qualidade da ligação não era boa.
De lá para cá, digamos, principalmente depois da chegada dos Smartphones e suas telas multitoque, caminhamos tanto que os primeiros celulares parecem protótipos em feiras de ciências. Conhecer essa evolução ajuda a entender como este mercado hoje movimenta bilhões de dólares a cada novo lançamento.
Década de 80 ? Os tijolões
Um dos primeiros modelos vendidos pela Motorola foi o DynaTAC 8000X. Medindo 30 centímetros, ele pesava quase 1 quilo e custava cerca de 4 mil dólares. Nada comparado ao que temos hoje. A memória comportava apenas 30 números de telefones. Mas o peso pesado da época era o Nokia Mobira Senator, o primeiro modelo da Nokia, criado para ser utilizado em automóveis. Até porque, com 9,5kg ia ficar difícil achar alguém com coragem para carregá-lo.
Os displays eram pouco mais do que uma faixa com cinco posições para os números, com rolagem horizontal e apenas uma cor, normalmente laranja. Sem mensagem de texto, sem toques polifônicos.
Década de 90 ? Os primeiros avanços
Quem diria que já nessa época surgiria algo como o BellSouth/IBM Simon Personal Communicator? Este modelo possuia funções de smartphone ainda bem primárias. Tinha pager (nome antigo das mensagens de SMS), calculadora, agenda, fax e dispositivo de e-mails. Tudo isso ao preço de 900 dólares e um peso de 500 gramas. Já era um avanço.
O final do século XX viu ainda surgir um campeão de vendas: o Motorola StarTAC. Quando surgiu, em 1996, além de marcar a chegada da Motorola ao mercado, trouxe o conceito de celular mais leve, bonito e funcional ao mesmo tempo. Seu estilo de design é até hoje seguido por outros produtos da marca como o Razr. Pesava apenas 80 gramas e podia ser preso na cintura. Senso de moda à parte era mais prático do que seus concorrentes.
A década não terminaria antes da Nokia emplacar sucessos de vendas como o Nokia 6160. A interface ainda era monocromática mas já possuia mais de uma linha e até joguinhos primitivos, bem ao estilo ?telejogo? dos anos 70.
Anos 2000 ? Cores e funcionalidades chegam para ficar
A Nokia segue pelo início do século XXI em seu formato barra, com o sucesso do Nokia 6160, lança o Nokia 8260. O modelo, fabricado em 2000, tinha várias cores e era um pouco menor: media apenas 10 cm de altura e pesava apenas 90 gramas, contra as 170 g do 6160.
Em 2001 surge o pioneiro dos smartphones reais, aquele que geraria uma linha de seguidores famosos. O QCP6035 lançado pela Kyocera foi o primeiro cheio de recursos a vender bastante. Tinha 8 megabytes de memória interna e display monocromático ? mas mostrou aos fabricantes que esse segmento tinha futuro.
Ainda neste mesmo ano surge o famoso Treo 180. Muito centrado nas funções de um PDA, tinha duas versões. Uma com teclado QWERTY (padrão) e outra que usava a inserção de texto Graffiti. Assim como o modelo da Kyocera, ambos tinham display em preto-e-branco, mas possuíam capacidade de armazenamento de 16 MB.
Em 2002, o BlackBerry 5810 é o primeiro a unir os serviços dos equipamentos chamados Research in Motion (RIM) como e-mail, organizador e teclado confortável ao de telefonia. Detalhe: à época ainda era necessário a utilização de um headset, já que não tinha microfone e nem falantes.
Câmera no celular? Hoje é a coisa mais corriqueira. Mas em 2002, a Sanyo foi pioneira ao lançar o SCP-5300. Este modelo dava ao seu dono a capacidade de registrar os acontecimentos em ?incríveis? fotos em VGA (640 por 480 pixels).
As telas foram aumentando de tamanho, definição e número de cores. O grande impacto, a mudança de paradigma ocorreria em 2007 com a chegada do iPhone. O primeiro a trazer telas multitoque que possibilitavam controle gestual para zoom e passagem de elementos pela tela. O smartphone representou também a chegada da Apple ao mundo da telefonia, prometendo integração com sua loja de músicas (iTunes) e inaugurando a filosofia dos aplicativos para celular, hoje fonte de renda e divulgação para grandes fabricantes e pequenos criadores dos programas.
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