Um dos maiores referenciais da literatura árabe e Prêmio Nobel de Literatura de 1988, Nagib Mahfuz publicou sua primeira novela aos 28 anos. A batalha de Tebas é o segundo romance de um projeto de 30 novelas, que começou com O jogo do destino, considerado um dos seus mais impressionantes trabalhos. A intenção de Mahfuz era cobrir toda a história egípcia, desde os tempos faraônicos até a invasão inglesa, no século XIX. Entretanto, no decorrer da terceira novela - Kifah Tibah, de 1944 - Mahfuz voltou o foco de seu interesse para o presente e se dedicou a escrever romances com temas sociais, ao mesmo tempo em que redigia vários roteiros para a indústria cinematográfica de seu país. Este livro trata de um difícil período do Egito Antigo, o dos quinhentos anos, no final do Médio Império, em que o país esteve sob o domínio dos hicsos. Um povo de origem obscura, conhecido por sua agressividade, que se instalou, ao longo de três dinastias, na capital Mênfis - cujas ruínas estão, hoje, na periferia do Cairo. O romance relata as circunstâncias da morte de Sekenen-ra, o governador de Tebas, a capital da parte sul do país, hoje conhecida como Luxor. Dez anos depois, enquanto seu filho, Kamus, se esconde em Nabata, o neto Ahmus, disfarçado de mercador, retorna a Tebas para preparar a grande batalha de libertação.